segunda-feira, 7 de maio de 2012



SOZINHA EM CAMINHOS

Na reviravolta do tempo
Encontro-me a beira
Da garganta voraz
De solidão e medo

Quando mastiga,
Rapidamente engole
Devagar deglute com dor.
Faz-me só.

É nesta dor particular e profunda
Que posso me encontrar
Com monstros famintos
Negligenciados por mim.

Pretendo fazer acordos e carinhos.
Pretendo ficar com eles
Chorar até conseguir
Dar-lhes um pouco de Amor

Pretendo doer até passar
... passar para melhor
E aprender a não me negar
Ainda quando não me gosto.

Pretendo crescer mais forte
Com toda completude humana
De gostos e desgostos
Amar mais, mais , mais, mais, mais...

Lillian Naves

2 comentários:

  1. Belíssimo poema! Interessante que cheguei aqui à deriva...e num dia em que sofro da palavra presa, engasgada... como diz a escritora Viviane Posé. Adorei passar por aqui e voltarei mais vezes.

    Parabéns pelo talento!

    Um abraço .

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  2. Lau, seja bem vinda! Obrigada pelas palavras, e se desejar, pode compartilhar em outros lugares, ou compartilhar algo seu aqui.
    Estejamos reformando-nos!
    abraços

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